Mudar ou Mudar!!

 

 

Nada é permanente, exceto a mudança  (Heráclito - 450 a.C., filósofo pré-socrático considerado o "Pai da dialética").

 

É interessante a resistência que as pessoas têm para aceitar mudanças. Uma coisa que a história nos mostra é que Heráclito estava certo. Mas por que há tanta resistência?

 

Algumas razões são fáceis de entender, como por exemplo, o medo (do desconhecido), sair da zona de conforto, insegurança psicológica para reconhecerem os problemas reais, dificuldade em compreender a necessidade da mudança, dificuldade em identificar soluções para os problemas apresentados entre outras.

 

Mas o medo de mudar também surge da falta de imaginação, ou seja, de nossa limitada capacidade para perceber o quanto o novo pode ser motivador e um incentivo a crescer e superar desafios.

 

É fato que várias mudanças ocorrem ao longo de uma vida, tanto de uma pessoa quanto de uma empresa. Mas essas mudanças não ocorrem para todo mundo ao mesmo tempo.

 

O momento em que vivemos, com essa pandemia provocada pela Covid-19 impactou a todos. Provocou mudanças na forma de viver, de trabalhar, de se relacionar e até mesmo de enxergar a vida e o futuro.

 

Começou na China e logo em dezembro de 2019 e janeiro 2020 a economia dela parou e impactou o mundo.

 

Na Europa esse processo começou a partir de fevereiro e março de 2020 e imediatamente a economia foi completamente paralisada.

 

No Brasil foi logo em seguida, a partir de meados de março até o final de abril. Nesse período tivemos os piores resultados econômicos já vistos. O setor automobilístico no Brasil, por exemplo, teve uma queda de 99% da produção. Enfim, impactou toda a economia brasileira.

 

Para fazer frente a essa crise, estímulos econômicos e incentivos fiscais começaram a aparecer, como a redução da taxa de juros e expansão de crédito, e no caso do incentivo fiscal com a concessão do auxílio emergencial.

 

Se formos analisar o que aconteceu e está acontecendo no mercado, podemos constatar que alguns setores ganharam muito com essa situação, como por exemplo o agronegócio.

 

Dois fatores contribuíram muito para isso. Por um lado, esse setor aumentou muito a sua produtividade, com a introdução de tecnologias no processo produtivo. Por outro lado, houve um aumento substancial no valor do dólar.

 

Aqueles que exportam, vendendo o mesmo volume de período anterior, já ganharam com a variação cambial. Somado ao aumento da produtividade, o resultado para esse setor foi extraordinário.

 

Mas infelizmente, outros setores não tiveram os mesmos resultados e sofreram e estão sofrendo muito, como por exemplo a construção civil e principalmente os negócios relacionados a turismo – bares, restaurantes, eventos, entretenimento e hotéis.

 

Então se colocarmos na balança, independente da condição em que se encontra, estando numa situação favorável ou desfavorável, o mesmo sintoma é identificado: necessidade de mudança.

 

Mudar exige a definição de uma direção a seguir.

 

Se você não sabe qual direção seguir, qualquer uma serve. Isso não é muito inteligente nem prudente.

 

Os brasileiros sempre se destacaram pela sua capacidade de se adaptar, uma vez que, historicamente, a economia do país, vive num processo de constante mudança.

 

As maiores oportunidades surgem nos momentos de maior descrença, de maior dificuldade, quando a grande maioria não tem coragem de fazer nada.

 

Para explorar essas oportunidades tem-se que ousar, fazer algo de novo e que agregue valor. A inovação se torna mais importante nesses momentos, e por meio dela se consegue resultados superiores.

 

Esse é o melhor momento para planejar nosso futuro e ter a coragem para efetuar as mudanças necessárias. Não é fácil, mas também não é impossível.

 

Como diz Maquiavel (O Príncipe)"Não existe nada mais difícil de fazer, nada mais perigoso de conduzir, ou de êxito mais incerto do que tomar a iniciava de introduzir uma nova ordem de coisas".

 

Então, se somos obrigados a mudar, não basta nos adaptar, nesse momento o planejamento estratégico tem uma importância fundamental para traçar o futuro das empresas.